Músicas
Sonhos na Fila
Por que a vida se passou
Sem querer, sem perceber?
O sonho de infância
Na fila pra acontecer
As cores, sorrisos sem dores...
O amor tomou conta de mim
Ninguém me contou que era assim
E agora eu quero voltar a ser criança
Assim vou esquecer-te da lembrança
Viver o que não aconteceu
Retomar o que se perdeu
Catar no caminho os cacos do que seria eu
Mas há de haver outra forma de esperança
Diziam pra mim quem espera sempre alcança
Mas já que você não voltou
A água do rio passou
Vou seguir em frente com tudo que me restou
Letra: Lúcia Tina | Música: Telê
Depois de Você, Você
Dizem por aí que a fila anda
Ou que vida sem par é mais branda
Não é fácil seguir dicas da razão
No meu coração, ninguém manda não
Já tentei negociar
O teimoso não quer aceitar
Falei que o tempo vai passar
Mas ele insiste em te amar
Te encontrei tão diferente
Com jeito e olhar mais saliente
A fila só anda pra essa gente
Que tem coração obediente
Depois de você... você
Depois de você, só deu você
Se tua fila andou, não importa
O meu coração não quer nem saber
Depois de você... você
Depois de você, só deu você
Se tua fila andou, deu volta
Amor de verdade não tem que morrer
Letra: Lúcia Tina | Música: Telê
Jabuticaba
Amo a cor do seu espelho
Negro o manto da sua alma
Todo sangue é vermelho
Fruta em pele colorida
Tenra polpa protegida
Teu sabor é mel de vida
Te alcanço sem escada
Te quero de madrugada
Minha preta vem pra cá
Assim é a natureza
Toda cor tem a beleza
Veste o que se tem pra dar
Hoje eu só agradeço
A mulher que eu mereço
Pele negra alvo olhar
Ela é durona, mentira
Só dá um aperto e derrete
A fruta é pouca
Eu já tô com água na boca
Vou te esperar, em agosto
Ai que vontade, seu gosto
Vou te roubar
Antes de você chegar
Jabuticaba
Ninguém pede uma dentada
Rainha, da pele escura
Doçura, toda minha
Jabuticaba
Se for branca tá errada
Seu doce não tem frescura
Sabor de mulher madura
Letra: Lúcia Tina | Música: Telê
Não Me Julgue, Não
Não me julgue não
Vou cantar no tom do outro lado
Tem outra versão
De quem veste o fardo de culpado
Chega de ilusão
Ouve a razão de quem termina
Não se mete então
Eu só quis abrir a tal cortina
Você quis viver sem luz
E me ver levando a cruz
Não foi esse o compromisso
Por que amor não é nada disso
Ser feliz eu me propus
Virou breu sem poesia
Tu no palco eu na coxia
Flor que brota não espera
Já passou a primavera
Liberdade é ousadia
Foi então que a luz entrou, o o o ô
Apagando o falso amor, o o o ô
Levou brigas e cobranças
Trouxe Amigos e a esperança
Não me julgues, por favor
Letra: Lúcia Tina | Música: Felipe Miranda
Moça de Samba não Dança Ballet
Diga-se de passagem
Não combino com vida de gran fino
É preciso ter muita coragem
Uma mulher mudar seu destino
Ouço um som diferente
É capaz de romper minha corrente
Tem batuque...tem cavaquinho...
É o samba e vem lá do vizinho
Moça de samba não dança ballet
Silêncio e vinho não a deixa feliz
Largou o banqueiro pelo filho do Zé
Lá tem pinga e tem samba de raiz
Tem batuque...tem cavaquinho...
É o samba e vem lá do vizinho
Se nasceu bamba, não adianta fugir
E é só por isso que eu canto aqui
E pra você de corrente tenha fé
Quem é do samba não dança ballet
Tem batuque...tem cavaquinho...
É o samba e vem lá do vizinho
Letra: Lúcia Tina | Música: Grupo Madalena
Espinhos de Margarida
Foi bom
Mas não precisava disfarçar
Sua estranha verdade só pra me agradar
Foi bom, Apesar disso, Foi bom
Ter seu doce sorriso traidor
da sua própria vontade, me enganou
Foi bom, Apesar disso, Foi bom
Chega de mentir pra si mesmo
Também tenho pequenos segredos
Nem as rosas são rosas
Mas não dizem que são...
margaridas
Não deixam feridas...
margaridas
se mostra os espinhos...
Margaridas
Seus falsos carinhos
Margaridas
meu ingênuo suor
Ahhhh foi bom...
Mas podia ter sido melhor
Foi bom, Apesar disso, Foi bom
Mas podia ter sido muito melhor
Foi bom, Mas não precisava disfarçar...
(Repete)
Letra: Lúcia Tina | Música: Grupo Madalena
Romã de Março
Refrão:
Eu chego fora de estação
Nem adianta me esperar
Vivo sem ter previsão
Pq meu doce não é jantar
(2x)
Não sei se chego
E não quero seu apego
depois vem a frustração
Ah Eu sou o NÃO...
Na sua ilusória certeza do sim
Não me diz que precisa de mim
É melhor deixar assim
(Refrão 2x)
Mas já que eu vim
Rouba logo seu pedaço
Não me venha com esse papo
De que eu não tenho mais espaço
Sei bem
Sou teu último fumo do maço
Sou romã no mês de março
Me faz inteira no bagaço
(Refrão 2x)
Letra: Lúcia Tina | Música: Grupo Madalena
Rosa de Ninguém
Veio o florista
com uma rosa na mão
e a me deu para levar
Mas já não havia
a quem eu entregar
Pobre rosa de ninguém
Em breve, a morte a levaria
Sem representar o amor
A quem eu a daria
Refrão:
E a flor,
Morreu mas ela não se curvou
Por que
Ela, então, acreditou
No amor
Da história que eu contaria
Demorou por que amor não se acha, se cria
Seguimos por aí, eu e a flor
Já murchos, atrás de uma história de amor
Que, no tempo da rosa, não achei
Mas sua pétala em meu livro eu guardei
E anos depois a alguém entreguei
(Refrão)
Um pra Cá Dois pra Lá
Assim, é que na dança do tempo
Que enfim, amigo tem seu momento
E vai como folha ao vento
Se esvai pra longe em passos lentos
Um pra cá dois pra lá!
Já se vai mais um irmão
Mas se precisar o amigo dá a mão
Dentro do peito, não bate o vento
A amizade, se entrou, não sai mais não
Quando reaparece
Sem o que envaidece
A ventania que nos separou
Também nos juntou
Mas se um dia partiu
Para nunca voltar
O meu copo lembrou que na mesa do bar
Ainda tem seu lugar
Lagrima Doce
Tem hora que dá nó na garganta
Tem que engolir seco
para ver se espanta
pra ver se esqueço
Mas quando a lágrima desce
É no canto da boca
que se reconhece
Se é pra quem merece
Tem gosto de bala de coco, chuvisco, melado, geleia de amora
Tem gosto de beijo no olho, sorriso molhado e do sal da demora
E a hora não passa
Pra quem não quer chorar
e chora
Quem não quer chorar
e chora
Quem não quer chorar
E choraaaa
E a hora não passa
Pra quem não quer chorar
e chora
Quem não quer chorar
e chora
E adoça o sal da demora
Gosto Que Tu Me Gostas
Tá na cara que a gente se gosta
Mas não gosto do que tu gostas e tu não gostas
do que eu gosto.
E quando junta o que os dois gostam,
a gente gosta que se enrosca
A gente gosta que se enrosca
Eu gosto que tu me gostas.
E mesmo que eu não goste do que tu gostas...
Eu te gosto e tu me gostas!
Eu gosto que tu me gostas
E mesmo que tu não gostes do que eu gosto...
Eu te gosto e tu me gostas!
E, por favor, não vai aceitar proposta de quem
diz que te gosta mais do que te gosto.
Faço até aposta que é melhor o amor entre
gente oposta, por que como um não gosta do
que o outro gosta, aceitam qualquer resposta e
não tem regra imposta.
Eu gosto que tu me gostas.
E mesmo que eu não goste do que tu gostas...
Eu te gosto e tu me gostas!
Eu gosto que tu me gostas
E mesmo que tu não gostes do que eu gosto...
Eu te gosto e tu me gostas!
Dá Gosto Lembrar
Quem já viveu
Grande amor igual ao meu
Só agradece pelo que aconteceu
Quem não viveu
E deixou o amor passar
Ouve esse samba, nunca é tarde para amar
Presta atenção, irmão
Amor não cai na mão
Se acontecer é preciso se jogar lá iá
Cuida do coração
O raso é fundo…
Se foi o maior amor do mundo
Vai sorrir pra me contar
Se o “pra sempre” acabar
E do sonho acordar
Na memória é bom manter
Os momentos de prazer
E se a lágrima rolar
Deixa o sal dela curar
Dizem que é pra esquecer
Só que dá gosto de lembrar
Carnaval de Setembro
Deixa a água lavar
Da sua roupa esse rastro imoral
Já é setembro
não tem indulto
Para amor de carnaval
Deixa a água levar
Essa história escoada em sabão
Lavo meu erro
Eu me culpo
por te dar essa razão
Agora que sobrei no tanque
Canto meu samba sem nenhum palanque
pra ver passar o carnaval de setembro
E a água lavar o que foi meu e não lembro...
Nossos limpos lençóis
Provam o que fizemos de nós
Sem mais os vestígios
do frequente amor em chama,
Restos do caos na cama
Que me fariam noutro dia lembrar
O amor-baderna daquele lugar
Eu era eterna até me acomodar
Agora que sobrei no tanque
Canto meu samba sem nenhum palanque
pra ver passar o carnaval de setembro
E a água lavar o que foi meu e não lembro…
Maestrina
Lá vai a menina
Encarar sua missão
Vai aprender a ser mãe
Não tem professor
Pra lhe ensinar essa lição
Sim! Maestro é o coração
Ela se despede da menina que é
Nasce assim uma nova mulher
Mas na moça existe ainda um sonho qualquer
De viver no tom que a flauta requer
Flores de Porcelana
É bem maior do que eu
É bem maior que você
Não é maior do que nós
Não temos tempo a perder
É bem maior do que eu
É bem maior que você
Não é maior que essa voz
Pra Deus nos proteger
Cada flor a desabrochar
sua cor, seu perfume, seu valor
Brotos de um jardim... a enfeitar
Veio o fim antes de começar
De que adianta meu lamento solitário
Que rega meu jardim de esperança
De um horizonte... quase otário
Em lágrimas de um Brasil conto do Vigário
(Refrão)
Plantaremos flores de porcelana
Para lembrar de cada botão de Mariana
E todos os jardins brumados
De Jovens futuros podados
Males que não vêm para o bem
Deste limão não se faz limonada
A mãe espera, o filho não vem
Medo e tristeza no canteiro de nossa estrada
Samba em Casa
A vida deu um nó
Procuro meu descanso
Rezo em tom maior
Em tempos nada mansos
E danço, e danço, e canto
E rezo, e danço
Vai passar (2x)
Não é tempo de forró
Pois não pode dançar junto
No samba, no samba, eu canto
eu rezo, no samba
danço só ( 2x)
Poeira da Felicidade
Dentro do adeus tinha tanto a dizer
Versos são teus, eu só penso em você
Planto outra vez a vontadePra renascer nossa flor
Rego a semente que sobrou
Sinto o aroma de menta que levou
A cama lamenta a falta deste amor
Não vou varrer a saudade
Poeira da felicidade que restou
Não vou varrer a saudade
Poeira da felicidade que restou
Vou pintar um vaso com a cor do hortelã
Pra acolher tua rosa amarela de manhã
E na minha janela onde até o sol te espera
Já plantei a nossa flor no vaso que pintei e o sol chegou
E te trouxe de mãos dadas
E a flor na alvorada desabrochou!